segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A vitória do humanismo e do estado de direito

"Um mecânico da Câmara do Cartaxo, de 52 anos, condenado em 2014 por abuso sexual de crianças, começou ontem a ser novamente julgado por mais quatro crimes de que foi vítima a filha de um casal de amigos que frequentava a casa do arguido. A menor terá sido abusada várias vezes entre os 7 e os 12 anos, até contar a uma professora, em fevereiro deste ano. O arguido está em prisão preventiva desde essa altura, porque, meses antes, tinha sido condenado a 13 anos de cadeia também por abuso sexual de três irmãs de 5, 7 e 13 anos. Como interpôs recurso do acórdão lido no Tribunal do Cartaxo em junho de 2014, o predador permaneceu em liberdade, tendo continuado a abusar da vítima neste processo julgado agora no Tribunal de Santarém. Os pais da menina estão revoltados e dizem que a criança “está traumatizada”. J.N.P".

Agora calculem: o que aconteceria,  nas redações das televisões, rádios e jornais, se o reincidente fosse um skin homofóbico e as vítimas  homossexuais assumidos que julgavam viver num país decente?

4 comentários:

  1. Caríssimo Filipe, cheira-me que pelo andar da carruagem o tal mecânico da Câmara do Cartaxo com 52 aninhos ainda vai ter muitas oportunidades de virar "skin" homofóbico...

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  2. Não quero minimizar a situação, mas se a rapariga foi abusada entre os 7 e os 12 anos, e o mecânico foi condenada poucos meses antes, os abusos ocorreram muitos anos, e principalmente antes da sua condenação. O que não quer dizer que os abusos entre junho de 2014 e fevereiro de 2015 não sejam importantes. De qualquer forma parece estranho que o ministério público não tenha investigado se não haveria mais casos.

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  3. Ou seja, o Juiz considerou inexistente, ou pouco provável, o perigo de continuação da actividade delituosa pelo que não decretou a prisão preventiva!!
    Sim, é apenas mais um caso em que o Magistrado acerta redondamente!!

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  4. O que acho notável é estas vítimas serem tratadas como se do furto de um cartão multibanco se taraasse. Com elas não há "estigmatização para a vida".

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