quarta-feira, 28 de outubro de 2015

O tempo


Aos 9m André Almeida faz uma excelente assistência que um lagarto aproveita para desmarcar outro.  Num contínuo de esperança, Sílvio não interrompe o lateral lagarto, Luisão e Jardel estão a discutir quantos  cavalos tem o novo Ferrari  488 GTB e o Temível, coitado, até se envergonharia se não assestasse uma pedrada. E o jogo acabou. O Benfica vive no tempo polissíncrono.

O tempo não é  só memória. Se fosse, o que fazer com isto? Sim, tinha ganho um título antes.  Sim, mas também esteve depois três anos sem ganhar nada excepto aquela taça com nome de cerveja. Por que motivo Vitória não tem tempo? Porque não temos tempo para ter  memória.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Habemus Ministerium

A nomeação de Teresa Morais para a pasta da Cultura destina-se simplesmente a contentar a esquerda, que vê a sua velha catilinária de um ministério para o sector ser atendida. De resto, a própria onomástica do novo "Ministério da Cultura, Igualdade e Cidadania" mostra que se trata de um concentrado de wishful thinking politicamente correcto. O que até nem está mal visto. O Governo pode não durar muito, mas Passos Coelho dá um sinal de abertura a causas que tocam os corações do outro lado. Servirá de alguma coisa? Claro que não. Mas é um gesto bonito.

Apocalypse now

Os socialistas entendem-se com a extrema-esquerda, Ferro Rodrigues é a segunda figura do Estado, Sócrates diz que é um preso político, o Sporting ganha por três secos na Luz...
Cheira a napalm e já vi o fim do mundo mais longe.

domingo, 25 de outubro de 2015

Relações sintagmáticas

A propósito desta chamada de atenção feita pela Helena Matos, recordar:

"Requeriam as cartas d’El-Rei de Castela a D. Manuel, que não consentisse morarem no seu Reino tão malvada gente, a Deus e aos homens  mal querida. Matéria foi esta, que El-Rei teve por mui digno ponderá-la; e achou em seu Conselho muitos, que sentiam não nos devermos descartar de um povo, que o mesmo Papa não desdenhava acolher em muitas Cidades da Igreja Romana, exemplo que muitas Cidades de Castela, que muitos Príncipes Católicos não só de Itália, mas ainda na Alemanha, e na Hungria, e em outras muitas regiões da Europa tem abraçado, concedendo aos Judeus a faculdade de ali morarem, e exercerem sua indústria. Que com lançá-los da terra, nem por isso os desvestiam da ingénita perfídia, que onde quer que os pés pusessem, deixariam pegadas de maldade: nem algum homem assisado se inquietava mais com a maldade feita antes neste sítio, que naquele. Passados os Judeus em África (o que ninguém duvidava, apenas os lançássemos do Reino), eis cortadas todas as esperanças da sua conversão. Enquanto entre Católicos, com a conversação e exemplo dos  Cristãos, e acareados de seu bom ensino, muitos abordavam à Cristandade o que (uma vez entre homens eivados dos erros de Mafoma) lhe ficava desesperado. Além de ser grande desconto para a República trasladar esta gente aos Mouros o dinheiro, em que eram muitos deles opulentos, e as Artes, que de nós tomaram, e em que doutrinariam nossos inimigos, para depois com elas nos talharem grandes prejuízos". 

( aqui)

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

A vida é feita de surpresas

Caro leitor, a vida é feita de surpresas. E eu decidi, em nome do misterioso destino que nos juntou sob este tecto, partilhar a minha última descida aos insondáveis enigmas da Criação. Não é um momento fácil, devo dizer. Raramente a sólida película do mundo quotidiano se rasga assim, de alto a baixo, sob o peso do mais puro espanto. Mas aconteceu-me. Ontem. Imagina que descobri, com o precioso auxílio dos comentadores, que o Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República Portuguesa, não quer comunistas e bloquistas no Governo.
A sério.
Não quer mesmo (comentadores dixerunt).
Já imaginaste?
Sim, eu sei.
Também foi difícil para mim. O Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva, anticomunista?
Ao que isto chegou... Qualquer dia temos o Cardeal-Patriarca a dizer que a homossexualidade é pecado.
Claro que 80% dos votantes nas últimas eleições também não querem comunistas e bloquistas no Governo. Claro que o PS, bem lá no fundo, comunistas e bloquistas no Governo não quer. Claro que o Bloco, já se sabe, quer um Governo sem comunistas. Claro que até o PCP, obviamente, quer um Governo sem comunistas (talvez mesmo sem bloquistas, mas isso já não garanto).
Claro que sim.
Mas por qualquer razão ainda mais misteriosa do que o misterioso destino que nos juntou sob este tecto, só o Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva consegue deixar os nossos compatriotas de boca aberta quando não quer comunistas e bloquistas no Governo.
Mal refeito do abalo cósmico que assim mudou a minha vida, eu, que nunca, nem por um momento, imaginei o Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva a empossar um Governo que, além de não incluir comunistas e bloquistas, cometeu o supremo acinte de ganhar as eleições, regresso agora, na tua companhia, à sólida, confortável, familiar realidade e descanso dos sobressaltos recentes com a leitura do acordo entre os partidos de esquerda que levará a São Bento o Dr. António Costa, líder da segunda força política do país.

(O quê?
Ainda não há acordo?
Caro leitor, a vida é feita de surpresas.)

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Cachimbos de lá

Jean Metzinger, O fumador, 1913.

Sócrates forever

Pelo que li ontem no Correio da Manhã (sim, seus hipócritas, não são só vocês...), o levantamento do segredo de justiça interno ao processo de Sócrates está a alimentar uma nova catarata de notícias sumarentas sobre a sumarenta vida do nosso ex-PM, ao ponto de os seus sumarentos advogados estarem já a pensar em sumarentas providências cautelares para impedir a devassa. Fiquei confuso. Afinal, não era o segredo de justiça a fonte de todos os males? E temem exactamente o quê?

Pensando bem

Pensando bem, talvez o processo de engenharia política em curso não deva surpreender-nos. A esquerda que tenta torcer os resultados das eleições para chegar ao poder é a mesma que, na Aula Magna, prometeu "correr com eles [o Governo anterior] à paulada". A frase foi dita às televisões por Vasco Lourenço, que derrubou uma ditadura pelas armas em 74. Implicitamente, faz equivaler a legitimidade de derrubar uma ditadura pelas armas à legitimidade de "correr à paulada" um Governo democrático. E que não tenha sido condenada pelos magnos democratas ali presentes, de Mário Soares a Pacheco Pereira, mostra como, em algumas cabeças, esta coisa de respeitar o votinho do povo é muito relativa.
Incapaz de "correr com eles à paulada", incapaz de "correr com eles" em eleições, a esquerda lança agora uma terceira via: a secretaria. Terceira via pós-moderna, pois claro, segundo a qual a prática de quase meio século da democracia portuguesa - governa o partido mais votado, mesmo sem maioria absoluta - não passa de uma conspiração da CIA e do grande capital para impedir a vitória das forças progressistas. Os herdeiros do jacobinismo e da ditadura do proletariado nunca se deram muito bem com a liberdade. Sobretudo com a liberdade dos outros.

"Perdi anos de vida"

No Depressão Colectiva.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Vitoria é derrota, humilhação é glória


A essência do PREC foi isto. A raiva depois das eleições de Abril,  para a Constituinte, que arrumaram a mole de max-len. de aviário que surgiu do nada. O povo esteve-se nas tintas para estes  jactantes que confudiram a serra de  Sintra  com a sierra Maestra. 
Agora, em 2015, o novo PREC é isto: torcer números, apagar factos, mentir como quem respira. Costa já não é o humilhado derrotado, o PàF  não venceu eleições, estivemos dez anos sem democracia etc.  O que este  indivíduo diz não é muito diferente do que diz nas redes sociais a  maralha enraivecida com o resultado de dia 4 . O que já é mais triste é não ser  muito diferente do que pensam  muitos pavões  que ainda há pouco enchiam a boca  com Sá Carneiro e Mário Soares.


sábado, 10 de outubro de 2015

Contra o tremendismo: de esquerda e de direita


Não se trata de imbecil ilusão de meio termo, antes de uma constatação: o tremendismo não tem cor. 

1) Durante  quatro anos  assistimos ao tremendismo que  redundou na vitória da coligação. Gente inteligente persistia em ver o caos, em prever o caos, os media ajudavam à festa. Entre  ódios velhos, vaidade pessoal e, também,  alguma estupidez, o cenário  foi  esse. 
Era como se nunca tivesse havido fome no país, como se antes de 2011 os velhos  aldeões tivessem reformas dignas. Era como se  o país  não tivesse sido resgatado e o governo fosse o Belzebu fanático neoliberal. Éramos a Grécia,  mas depois a Grécia - e as filas no multibanco -  ajudou a destrinçar o problema de identidade.

2) Agora o tremendismo virou à direita ( curioso que muitos pedantes que juravam esta dicotomia ultrapassada andam agora com ela na boca). O argumento é o de que  um governo  com Bloco e PCP destruiria o país. Ainda que seja uma miragem, convém pôr o tremendismo  na ordem.
 No caso de, finalmente, a extrema esquerda e esquerda real assumirem o poder, nenhum fantasma chavista se assoará aos cortinados como prova o caso grego. Quando Portugal iniciou o processo de  adesão à UE ( então CEE) , dizia-se no PCP que "pelo menos isso garante que não haverá nenhum Pinochet".
Por inovadora que fosse essa solução governativa, não seria antidemocrática e isso, para um velho liberal, basta. Os resultados, confesso, seriam refrescantes...



Dia mundial da saúde mental

Notas vadias no Depressão Colectiva.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Crónicas do planeta oval: Mundial de rugby, o que já vimos e o que veremos

Tenho escrito pouco sobre o Mundial de rugby e é pena, porque tem sido óptimo. Além da vitória do Japão sobre a África do Sul, toda a gente rejubilou com a eliminação da anfitriã Inglaterra. Toda a gente menos os bifes, claro, que perderam a fleuma com a excentricidade de a equipa organizadora não passar a fase de grupos pela primeira vez na história. Mas as derrotas com Gales e a Austrália foram justíssimas, o que não será bem uma surpresa se nos lembrarmos que, nos últimos Seis Nações, os da rosa ganharam o péssimo hábito de ficar em segundo. Perderam para a Irlanda este ano e no ano passado, perderam para Gales em 2013. E há coisas em que só podem queixar-se de si próprios. Não me refiro à ideia peregrina de optar por um dúbio pontapé para alinhamento nos derradeiros segundos da batalha com os galeses, em vez tentar os três pontos da penalidade que garantiriam o empate, imitação nipónica que tem valido ao capitão Robshaw o linchamento mediático. Refiro-me às erráticas opções de Lancaster nos três-quartos: Farrel a 10, depois de ter dado essa camisola a Ford durante quase um ano; Burgess a centro, quando o homem só sabe defender; Brad Barritt a 13, um desperdício perigoso; Jonathan Joseph a ponta, um desperdício inofensivo. Olhe para os cangurus, sir: deixaram o trabalho pesado para Pocock e Hooper, que fizeram os bifes em picadinho, e libertaram os pesos-pluma Foley e Gitteau para a extravagante tarefa de pensar o jogo. (Sim, consta que nos antípodas há uns bárbaros que fazem isso.) Resultado: três ensaios e bye bye England, com o supremo acinte de o segundo de Foley ser de uma simplicidade genial - e, na minha modesta opinião, candidato a ensaio da prova.
Quanto os outros, confirma-se que os Pumas estão a praticar um rugby de alta voltagem. Rápidos, criativos, incansáveis a defender, jogam em profundidade, ocupam o campo todo, garantem sempre o apoio e mantêm a bola viva. Em suma, fazem tudo, e muito bem, o que faltou à Velha Albion. Vão longe. A vitória sobre Tonga, mais difícil do que os números sugerem, foi um hino ao rugby de movimento. Veja-se o segundo ensaio, que nasce de uma arrancada magnífica, quase na área de 22, de Santiago Cordero (revelação do torneio, por agora, e outra prova viva de que o tamanho nem sempre conta) e acaba do outro lado, com vários jogadores em posição de marcar. Ou o que resulta de um alinhamento captado pelo terceira-linha Juan Fernandez Loebe, na zona de acção do pilar, e é concluído, com um único passe, pelo talonador que tinha introduzido a bola. São jogadas só possíveis com executantes de grande qualidade e bem treinados - ainda por cima por um mister que já passou por Portugal, Daniel Hourcade de sua graça.
A Nova Zelândia está apurada, como se previa, mas sem entusiasmar. Ou muito me engano, ou será assim até levarem a taça. A menos que sofram uma derrota épica às mãos dos Wallabies, os únicos dignos da proeza. Nem a Irlanda, a mais forte candidata do hemisfério norte, parece estar ao mesmo nível. Claro que há a França, a tradicional bête noire dos neozelandeses, mas esta não é a irredutível Gália de 99. E a África do Sul? Depois do tsunami, prossegue em velocidade cruzeiro. Bateu a Escócia em toda linha, embora o marcador seja mais que lisonjeiro para os homens do cardo, e esmagou os Estados Unidos por 64-0. Jogo sem história, não fosse Bryan Habana ter conseguido um hat trick que lhe permitiu igualar o lendário record de quinze ensaios de Lomu em Mundiais. Como os Springboks ainda têm dois ou três jogos pela frente (prevejo a eliminação lá para as meias-finais), só por azar é que o veterano do Toulon não chegará à glória de ser o homem que mais vezes pousou a oval na área de validação contrária desde que o Dr. Kirk, capitão dos All Blacks, ergueu a William Webb Ellis no distante ano de 1987.

Diário de um cínico

Os ataques da Rússia na Síria têm três objectivos principais: reforçar Assad, mostrar o músculo de Putin e provocar a NATO. O mínimo que se pode dizer é que têm tido sucesso. Porquê agora? Porque, com a crise dos refugiados, o combate ao Estado Islâmico tornou-se a preocupação número um da política externa da UE e da América. O que explica o súbito acordo nuclear com o Irão, por exemplo, ou a reacção contemporizadora de Obama à invasão do espaço aéreo da Turquia pelos Migs russos. Putin vai continuar esticar a corda enquanto o deixarem. Ou os europeus e os americanos arranjam uma estratégia clara para o Médio Oriente, vontade de a pôr em prática e um mínimo de coordenação, ou a Rússia torna-se o principal player da zona. Eu, se fosse ucraniano ou israelita, teria medo.

O cepo das marradas: onde estaríamos agora se Cavaco lhes tivesse feito a vontade?

Típico  da ditadura moral de esquerda em que vivemos desde 1975  ( e  ainda bem, porque é só moral) é o achincalhamento de Cavaco. Como não podem prender o povo nem as empresas de sondagens, viram-se para onde calha. 
Não esquecer que foi acusado milhares de vezes de bandalho porque não demitia o governo. Os patriotas do PCP, UDP, PSR e os activistas LGBT ( que não perdoam a Cavaco) enfiam agora a viola no saco. Lançava-se o país  na confusão para a coligação ganhar de novo, como ganhou no dia 4. 
Se isto é o tal patriotismo, então sou um orgulhoso traidor à Pátria.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

De pé, ó vítimas da fome...

Este país só se cura quando importarmos cortiça.
Eu sei que não vai  acontecer, mas o sonho comanda a vida...

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Cada vez melhor

Belisquem-me, que eu não posso acreditar: o PS que pedia a maioria absoluta há uma semana é o mesmo que não vai apoiar nenhum dos candidatos às presidenciais? Querem que o Marcelo seja eleito à primeira volta, é isso?

O rei na barriga, variação da choldra:

"Ora, este fracasso marcou igualmente o fim de qualquer sonho desse tipo, pelo menos num futuro próximo, num país onde "esquerda" e "direita" deixaram de ter qualquer significado, são meros chavões e rótulos vazios de conteúdo. Pior, deixou bem claro que ideias bem formuladas, propostas inovadoras, projetos participativos e apelo aos valores da cidadania não ganham eleições em Portugal. Nada que surpreenda num país com 4 milhões de abstencionistas. Nada que surpreenda num país onde a PàF venceu as eleições".

Algumas notas que se impõem

1. Se a PAF não ganhou as eleições, como consta por aí, não há qualquer dúvida de que o PS as perdeu. Costa conseguiu o impossível: ser derrotado por Passos-Tecnoforma, Portas-o-irrevogável, quatro anos de austeridade, as maiores manifestações desde o 25 de Abril, um aumento de impostos "brutal" e o desemprego que se conhece. É obra.
2. Mesmo assim, o PS não aprende. Costa perde o que nem o rato Mickey perdia, e a claque aplaude. O quê? Que "manifestamente" não se demita. Que esteja pronto para lançar o país no caos se não fizerem o que ele quer. E que diga tudo isto com aquele sorrisinho de superioridade que distingue um socialista de um mortal.
3. O voto de protesto foi direitinho para o Bloco, que duplicou o resultado. São más notícias para um país em convalescença económica e em equilibrismo político. Os tempos exigem sentido da realidade, coisa que não abunda por aqueles bandas. De qualquer modo, é um voto flutuante. Não me parece que vá durar até às próximas eleições.
4. Claro que há o lado bom: agora, temos as duas gémeas Mortágua no Parlamento. Se a segunda for como a primeira, os capitalistas que se cuidem.
5. O meu amigo Miguel Morgado também foi eleito. É um lado ainda melhor.
6. A abstenção foi o partido mais votado. Os políticos que se cuidem.
7. É muito mau que Sócrates e os seus advogados não se tenham ouvido durante a campanha. Mau para a democracia portuguesa. Bastava um comunicado do Dr. João Araújo e a coligação chegava à maioria absoluta.

A teoria

Das maiorias ideológicas na AR é à vontade dos camaradas, não é?

Preguiça, vaidade, enfim...

No fórum TSF está Adelino Maltez a dizer que o programa de governo vai ser uma barganha negociada às escondidas.
AM está muito aborrecido porque não há Podemos por cá. Vai daí, desqualifica  a negociação parlamentar. Como? Ah...pois, é tudo fake e nas costas do povo. Já se fosse entre um Podemos e um Ouvimos, seria às claras, no parque Eduardo VII.

Comunicar, tocar

No Depressão Colectiva.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Depois da batalha aparecem os valentes

1) Os comentadores.
Tem de se garantir o pão. 
Agora nunca ninguém disse mal das sondagens. É genial. E, também agora  a vitória do PàF foi curta "e esperada". Pacheco Pereira, que desancou  na Aximage e repetiu durante todos estes anos que "eles vão levar uma corrida", afinal sempre esperou a vitória do Pedro e do  Paulo...

 2) Os pirilampos 
O Livre/Tempo de Avançar conseguiu pior resultado do que  o PAN, aquela coisa dos cães&gatos. Só isto devia  fazer com que aqueles egos inchadíssimos ( "vamos unir a esquerda") metessem a viola no saco. Ainda por cima tiveram um lançamento promocional espectacular ( a TSF,  o Expresso e o Público, essa referência, que volta e meia trazia o momento "Rui Tavares diz"). Depois na campanha não tiveram essa cobertura, claro.
Por que motivo este Livre/Tempo de Avançar não infiltra  o PS?  Baixam a grimpa da vanitas e põem ao serviço do partido a sua capacidade, porque têm, é um facto, gente com miolos. Custa muito, não é?

3) As trombetas
Deppis de quatro anos de austeridade, as  forças anti- UE obtiveram apenas 18%.  Quatro anos. De facto, mais depressa lá chegavam pela revolução...

O jornal Público:

É isto.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Está tudo explicado

"Os portugueses conhecem o PS." (António Costa)

Gosto sobretudo desta parte:

(...)luta pela memória e pela reparação dos que sofreram (e sofrem) formas violentas de opressão;

Dúvidas que me apoquentam

Se o PS ganhar, vai fazer como o Syriza?
Se o PS ganhar, o filho da senhora espontânea de Setúbal volta a Portugal?
Se o PS perder, vão buscar outra vez o Seguro?
Ou o Corbyn?
Quanto tempo ficará Alexandre Quintanilha no Parlamento?
Sampaio da Nóvoa está por quem?
Marinho e Pinto dispõe-se a viabilizar um governo socialista que favoreça as "negociatas" de Almeida Santos?
Não é sexista que o Rui Tavares nunca se tenha despido na campanha?
Não é sexista que Marinho Pinto nunca se tenha despido na campanha?
O porco que aparece nos cartazes do PAN é candidato a deputado?
Onde é que o Sócrates vai votar?
E o Ricardo Salgado?
Etc.

Shy people

British opinion polls have a long history of overestimating Labor support. One theory is that shy “Tories” (as supporters of the Conservatives are known) tell pollsters that they will vote Labor (or that they don’t know whom they will vote for) but cast their ballot for the Conservatives on election day.

Instruções:

No Depressão Colectiva.

Messieurs-dames, o tal "democrata":

"Haverá, pois, quem legitimamente esteja preocupado e quem, também legitimamente, continue a pensar que no Domingo se verá, mas há três conclusões que, aparentemente, se podem já retirar: 
1.º Não haverá maioria absoluta, descendo a coligação abruptamente em relação às últimas eleições. 2.º As forças que rejeitam as políticas do governo da coligação são significativamente maioritárias ou, pondo a questão de outra forma, haverá uma larga maioria de esquerda.
3.ª Quando forem divididos os lugares por partidos, dissolvendo-se a coligação, tudo indica que o PS será o partido mais votado. Resulta daqui que o Presidente da República deverá encarregar António Costa de formar governo mas, se pensarmos na personalidade do ainda Chefe de Estado, há boas razões para pensar que ele fará outras interpretações".

Ainda há muito democratas destes em Portugal.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

O sonso e o altar

Senhor Primeiro-Ministro, pede-se encarecidamente o favor de não exibir o terço na campanha eleitoral. Aqui em casa somos cristãos-velhos e não gostamos de misturas. Já nos chega o D. Januário. Obrigado.