quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

É duro mas é verdade:

"Os nossos opositores não conseguiram – porque é impossível – rebater a hipocrisia denunciada de uma ordem jurídica que permite a existência de famílias homoparentais cujas crianças têm uma só menção no registo, a adoção singular por gays e lésbicas que podem criar os adotados com os seus parceiros, mas que não admite a duas pessoas do mesmo sexo candidatem-se a adotar uma criança institucionalizada, numa lógica positiva de vínculo duradoiro  de amor".

A partir do momento em que congelamos embriões ( que passado o  prazo de vitalidade são deitados fora), em que o aborto por falta de motivação é permitido e  em que se alugam barrigas, por que carga de água é que o género humano é derrotado pelo facto de uma criança ter duas mães?

6 comentários:

  1. O que também é duro, mas é verdade, é a hipocrisia da senhora deputada. Quando o PS aprovou o casamento entre casais do mesmo sexo, mas vedando-lhes a possibilidade de adoptar (e essa possibilidade poderia ter ficado em aberto: foi especificamente contemplada uma excepção em relação aos casais constituídos por pessoas de sexo diferente), a posição não era tão apaixonada. Era favorável, sim, mas dizia que havia uma ampla discussão a fazer e que estavam em causa os direitos da crianças, não dos casais homossexuais [http://jugular.blogs.sapo.pt/1281760.html?thread=14879712#t14879712]. Entretanto, passou a ser «uma questão de ética e de vinculação aos direitos humanos». Só não me dá para rir porque ainda não acho piada à indigência ética.

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    1. Também. Até já referi isso no outro dia, mas neste post atenho-me ao argumento. Apenas.

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  2. Uma coisa é que se faz por ai outra é que o Estado a tenha de reconhecer.
    E no caso de igualdade de circunstacias? Se um casal heterossexual e um casal homossexual tiverem de disputar pela adopçao de uma criança? Vao reconhcer a diferença e a vantagem do casal heterosexual ou vao antes aplicar a teoría descabida da disriminaçao positiva?

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    1. enter um casal hetero d e mbecis e duas boas e carinhosas lésbicas não é preciso aplicar discriminaçaõ positiva nenhuma.
      Bem, mas o meu ponto não é propriamente a exaltação a adopção gay, como não é o agrado em tratar embriões humanos como camarão congelado fora do prazo. ou as barrigas maternais como T2 aluga-se p/férias.
      Aliás há outra coisa no horizonte essa sim perigosa: o fascismo da neutralidade de género, mas fica para depois.

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    2. Ok, mas o Estado reconhece a diferença ou nao? É tudo a mesma coisa? E se forem tres lesbicas muito boas e carinhosas com muito amor para dar?

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    3. eu e o Vasco Lobo Xavier, no tempo do Mar Salgado, alertámos para essa discriminação...

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