quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Só lendo para acreditar

"Hoje, esta TSF já não existe em grande parte. Está cheia de programas, patrocínios e anúncios institucionais e em muitas matérias segue uma linha editorial muito próxima do governo e da ideologia do “ajustamento” do que qualquer canal noticioso televisivo, seja a SICN, seja a TVI24".

O parágrafo  é confuso ( gralha ou pressa...) mas deduzo que a informação rigorosa e livre será, hoje, para  JPP, qualquer uma próxima  da veiculada pelo Câmara Corporativa (onde JPP deixou de ser o aldrabão  da Marmeleira para passar a iskra).
As voltas que a vida dá.

10 comentários:

  1. A mim custa-me os últimos "escritos" do JPP.

    Começou, de facto, por ser uma voz contrária ao sebastianismo que envolveu a ascensão de PPC a líder do PSD e posteriormente a PM. E durante bastante tempo não só teve razão, como foi dos poucos a tê-la.

    No entretanto, e por uma questão de ódio pessoal (até compreensível, mas que não necessita de cegar) ultrapassou limites de racionalidade ao ponto de ser contra o Governo porque sim. E é pena, porque acaba por perder não só interesse como a posição de saudável contraponte às lealdades canino-partidárias.

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    1. Sim, mas não creio que se trate ( só) de ódio. Há outros factores.Por ex, ter ocupado um nicho comunicacional importante: é popular ser contra austeridade, é popular ser contra este governo etc.
      O problema, com vc diz, e muito bem, são os desvarios que acabam por fazer com que JPP deixe d eser ouvido. Ele parace não entender ou não querer entender isto.

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    2. Sim, certo, mas o nicho foi "acidental". Como escreveu e eu concordo em absoluto, ele passou, para o mesmo conjunto de pessoas de bête noire (durante o socratismo) para poster boy (actualmente). E é preciso relembrar que ele apoiou a MFL quando esta não era popular (e perdeu para José Sócrates).

      O que me custa, como escrevi, é ver o JPP intelectualmente diminuído (se se pode usar a expressão) por uma questão de sanha a PPC (e a Paulo Portas, mas essa já vinha de trás). Uma coisa é crítica, e é bem vinda, até porque a nossa opinião pública está excessivamente polarizada por sectores (se és do CDS/PSD, és a favor do Governo; se és do PS, és contra. Quando mudar a música/governo, as posições invertem-se sem qualquer auto-crítica ao bom estilo 1984!). Mas isso implica aplaudir quando é de aplaudir e criticar quando é de criticar e infelizmente (mais uma vez) o JPP perdeu essa capacidade.

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    3. Tudo isso misturado com um certo deslumbramento. Aos poucos o JPP vai-se confundindo e fundindo com os indignados mediáticos (Marques Lopes, Adão...).
      Mais uma espécie de mito mediático em languescente decadência. Sinal dos tempos, por sinal, atendendo ao grande número de mitos que têm morrido de causas várias, incluindo os suicídios.

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  2. E o JPP está errado, exactamente, em quê? Ou simplesmente não gostam do estilo do homem?

    caramelo

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    1. Exactamente, caro caramelo, na sintaxe!! E, como também há verdade nas formas, o estilo revela um ressabiamento exagerado. Perturba-lhe a razão e, consequentemente, martela o enredo para caber na razão!!
      Parece-me ter descoberto Portugal há muito pouco tempo.
      Quando não é a repetição da repetição, aponta precisamente ao lado do problema com uma invulgar capacidade de discorrer, sempre, para as fenomenologias que lhe são próprias. É, tal como este governo, um habitante de trincheiras.
      Eu, por razões éticas e estéticas, que serão as mesmas, não me consigo louvar na leitura do mundo de JPP. Se o caramelo se louva na mundividência de JPP, óptimo, para si. Se lhe aprecia o estilo, melhor ainda!!

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    2. aprecia , agora...( como o camara corporativa)

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  3. O estilo seria o menos. A verdade é que JPP já disse tudo e o seu contrário numa prosa meccano a que a inspiração moralista já não acrescenta eficácia. Sim, tem competidores mediáticos mais eficazes mas no seu ninho de mercado é sobretudo vítima da arrogância com que pretendeu ignorar a natureza financeira e económica da crise. Ficou a olhar para os elevadores sociais desprezando a cotação da dívida. Opções.

    XisPto

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  4. Não sei se ainda vou a tempo. Eu disse ali em cima que gosto de gente palavrosa. Tenho é que os compreender. Eu fiz uma pergunta, mas não percebi a resposta. O homem tem, ou não, razão no que disse?

    caramelo

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