domingo, 6 de abril de 2014

Ontologias


Não faço ideia o que seja o saldo primário médio, mas cativa-me a impossibilidade ontólogica, sobretudo  quando brandida  por progressistas ( 74, 28, 3, whatever).

« Les imbéciles (...) préfèrent s’en remettre au Temps. La civilisation du
jour est nécessairement supérieure à celle de la veille et celle du lendemain lui sera nettement supérieure pour la même raison. 
 
( Bernanos, citado aqui, em Sciences-po, para o catolicismo do homem não suscitar asneiritas que depois tenho de corrigir).

2 comentários:

  1. Saldo primário = diferença entre receitas e despesas, exceptuando a parte que corresponde a juros. Serve para mensurar se o Estado tem capacidade para amortizar dívida. Assim, se o estado belga teve um saldo primário de 4.8% do PIB esse valor significa que poderá amortizar divida ou juros sem ter que recorrer a mais empréstimos. Se pensarmos num longo prazo, com saldos primários positivos a dívida deixa de exisitir.

    O que está aqui em causa é o manifesto dos 74 dizia que os valores indicados (4.8pp do PIB de saldo primário durante um largo período de tempo) nunca foram alcançados num país que quisesse controlar a sua dívida ; o que se vê que no caso da Belgica sim, foi conseguido...mas isto é só meia verdade. Porque a outra meia verdade é parte do ajustamento belga foi conseguida ainda no tempo em que a Bélgica tinha moeda própria...e aí é tudo mais simples (inflação, imprimir dinheiro, etc etc)

    Carlos

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