sexta-feira, 11 de abril de 2014

Arrasando mitos anti-salário mínimo

 Por exemplo:

One of the major arguments that comes up whenever there’s some talk about raising the minimum wage is “What about small businesses!” and “What about teenagers! Who is going to hire teenagers if they have to pay them anything close to a living wage?”
It’s easy to assume that most minimum wage workers are teenagers working for some extra pocket change so they can get a dress for prom, go to the movies or buy some Adderall off that kid in third-period history. They’re just learning to have some real responsibility for the first time! They don’t need all the money! And who will even pay a whole $9.00 an hour for a teenager?
Well, here’s the thing:
chart minimum wage be43a51 Most minimum wage workers are adults who work for large corporations

8 comentários:

  1. Na verdade estamos perante uma técnica retórica velha: caracterizar erradamente os argumentos de terceiros, depois demonstrar que estão errados e finalmente concluir que os próprios terceiros estão errados.
    Os argumentos anti-salário mínimo (sobre os quais não tenho posição definitiva) são um bocadinho mais complexos que descrito na citação e prendem-se, essencialmente, com os seus efeitos no emprego e, em especial, no emprego das pessoas menos qualificadas e mais velhas.
    Um dos mais graves efeitos sociais desta crise é o aumento do desemprego nos estractos menos qualificados e nos trabalhadores mais velhos, e a esperança de arranjar um emprego é hoje muito vaga para quem tem a escolaridade mínima e 50 anos.
    Se essas pessoas não podem usar a única vantagem competitiva que têm, a diferença salarial, as suas opções não são ganhar um salário mínimo melhor ou pior, as suas opções são entre um salário mínimo mau ou salário nenhum.
    Esse é o problema sobre o qual não tenho opinião definitiva, não pela discordância moral sobre a necessidade de pagar o mínimo necessário a uma vida decente, mas sim pela falta de informação sobre o que é a realidade, independentemente das minhas opções morais.
    henrique pereira dos santos

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    1. Eu sei que é complexo, o Antonjo Lobo Xavier explica e quando não compreendo o Vasco faz-me desenhos ou coisa assim.
      Eu escrevi "mitos" Henrique. Por ex, o mito do" quem vai dar emprego aos adolescentes?".

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  2. Comentei mais a citação que o post, tem por isso razão em recentrar a questão. Até escrevi, mais complexo que o descrito na citação, mas realmente não impede de se escolher um dos mitos (embora me pareça que este mito deva ser mais forte nos Estados Unidos que em Portugal).

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  3. Caro FNV,

    Concordo com o que o Henrique Pereira dos Santos escreveu e pegando no seu "link" ao post do João Miranda no Blasfémias, os jovens não são para aqui chamados...

    O problema do salário mínimo (e já agora, do mínimo, dos outros, da "competitividade" e outros chavões) é que as pessoas que o recebem são o que dantes se chamava indiferenciados ou operários não-especializados. Ou seja, não têm nada a oferecer, salvo um baixo custo e para quem emprega tanto faz (dentro de alguns limites...) contratar o Quim ou o Zé.

    Ora, este género de empregos faz o grosso de alguma da nossa actividade industrial (literalmente o "proletariado" no sentido oprimido de Marx), em que o factor mão-de-obra (ou melhor, hora x homem) é um dos custos mais importantes do produto. Tendem a ser empresas relativamente grandes (>100 funcionários), com margens de lucro baixas, em que qualquer perturbação no custo de produção tem um reflexo desproporcionado nos resultados.

    Pegando numa empresa com 100 trabalhadores com salários mínimos, uma subida de 15 euros por trabalhador representa um aumento de custo de 30 euros para a empresa, ou seja, 3.000 euros / mês de custo "extra" ou, anualizando, 42.000 euros /ano. Para algumas destas empresas é a diferença entre existir ou não e para outras entre valer a pena ou não. Soluções? Despede-se uns gajos. E ao despedir não vão despedir 3, vão fechar uma secção, despedir uns 10.

    Aumentar o salário mínimo faz sentido quando existe uma "ponta" de curva (se tomarmos uma curva de distribuição salarial) muito comprida. Quando a "curva" está muito enviesada para os menores rendimentos, pode sair muito caro o "progresso dos trabalhadores" (já agora, ver o post do Luís Aguiar-Conraria no Destreza das Dúvidas (http://destrezadasduvidas.blogspot.pt/2013/11/sobre-o-aumento-do-salario-minimo.html).

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  4. A ideia de que deve existir um salário mínimo é uma ideia keynesiana e marxista também. No primeiro caso porque se baseia no princípio de que uma melhor distribuição de rendimentos estimula a procura agregada devido à maior propensão ao consumo (tanto média como marginal) dos que auferem baixos rendimentos, no segundo caso porque a ideia de lutar por melhores salários, reduzindo assim a mais-valia e a taxa de lucro, faz parte da “praxis revolucionária”. Keynes está tradicionalmente associado à social-democracia europeia (que não tem nada a ver com o pêpêdê) e Marx como toda a gente sabe aos partidos comunistas.

    Sendo assim, esta discussão parva em torno do salário mínimo é, acima de tudo, uma discussão política e não económica, é uma discussão IDEOLÓGICA e não TÉCNICA.

    Ir buscar argumentos pseudotécnicos, ainda por cima dirigidos a uma economia como a norte-americana, que não tem nada a ver com a nossa, só lembraria a um psicólogo. Comente sobre o que sabe FNV…

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    1. Sim, os economistas têm feito um excelente trabalho.
      Quanto ao seu conselho, a única cois apior do que um psicólogo é um tonto com argumentos de autoridade.

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    2. Quem foi buscar um artigo de um economista (que de certeza não o publicou para ser mal interpretado por um psicólogo!) foi o FNV. Quanto a tontos com argumentos de autoridade até há os que mantém blogs a partir disso...

      Registo que não contestou uma linha do que eu escrevi. Teve medo da minha autoridade como anónimo? Ou não percebeu?

      By the way ... a sua identificação como psicólogo como 24 anos de experiência intimida qualquer um...

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