quarta-feira, 26 de março de 2014

Cabeça fria

Fernanda Câncio tem toda  a razão:

"imagine-se, por exemplo, que no quadratura do círculo carlos andrade resolvia 'entrevistar' costa sobre o seu consulado como presidente da câmara ou pacheco pereira sobre o tudo e o seu contrário que já defendeu desde que a gente o conhece. ou ana lourenço virar-se para louçã e começar a interpelá-lo sobre o be pós dito, a solução bicéfala que lá impôs, etc, em vez de o ouvir sobre os temas que este preparou para o comentário? ou maria joão ruela confrontar marques mendes com as críticas que fez à linha de redução do défice do governo de sócrates, quando agora é todo austeritário, e levar um dossier de declarações dele de quando foi presidente do psd e levar o tempo todo a citar-lhas? toda a gente acharia estapafúrdio e sem sentido, não era? "

Sócrates, com os seus defeitos,  é o único político de massa real que produzimos desde os históricos ( Soares, Sá Carneiro, Cunhal). É o único que não tem medo de ser odiado.

4 comentários:

  1. Não ter medo de ser odiado: não será esse um traço do perfil sociopático? O qual, já agora, me parece presente também em Santana ou sobretudo Portas (dois tipos que eu acrescentaria à sua lista)..

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  2. Confesso que não percebo a discussão. Vi o programa, pareceu-me normal, por parte dos dois, e foi bem mais interessante do que é costume. E realmente já várias vezes me tinha perguntado por que razão não havia contraditório nestas missas dos vários comentadores. Parece-me muito saudável que tenha sido alterado o modelo, Sócrates não me pareceu nada chateado com o assunto (mete Rodrigues dos Santos no bolso com enorme facilidade) e todos ganhamos com isso. Se os comentadores forem sendo escrutinados nos seus comentários talvez deixem de ser totalmente inimputáveis, o que seguramente contribuiria para elevar a qualidade do debate.

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  3. Por acaso eu gostava que todas 'entrevistas', como a Fernanda colocou, que foram referidas acontecessem. O estilo de discurso, que muda consoante estamos na oposição ou no governo ou muda apenas porque dá jeito, é uma aberração de baixa e fraca política. É extremamente populista e demagógica. O que é preciso é mais jornalistas que confrontem os políticos ao invés de os deixar falar do alto do seu pedestal num espaço bastante privilegiado e confortável.

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  4. há uma nítida inversão (nada de invertidos, mas de divertidos) da configuração:
    os contribuintes existem para servir o estado ou MONSTRO

    deixaram de brincar ÀS CASINHAS para brincar aos rectângulos

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